Aparência enganam

A Audi acaba de apresentar a nova perua superesportiva RS4 Avant, e só de ver o modelo fica claro que se trata de um carro para poucos, e não somente pelo preço, que é de R$ 438.700, mas também porque sob o capô repousa um V8 aspirado de 450 cv de potência e torque máximo de 430 Nm, que acelera com maciez, mas a um leve toque no acelerador, o carro de família se transforma em um esportivo capaz de encarar qualquer pega.

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Na configuração de fábrica, acelera de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. Chega fácil aos 250 km/h, mas não passa, pois a velocidade é limitada eletronicamente. Um desperdício de motor, apesar de não haver no Brasil estrada para andar mais rápido do que isso.

O RS4 não é só motor. Conta com muita tecnologia para manter as rodas grudadas no chão o máximo possível. A primeira é a tecnologia quattro, de tração integral. Em situação normal de uso, 60% da tração é traseira, para assegurar uma direção mais esportiva. Gerenciada eletronicamente, pode variar a distribuição de energia entre os eixos dianteiro e traseiro suavemente e imediatamente, com até 70 % para a dianteira ou 85 % para a retaguarda.

Outra tecnologia é o Audi Dynamic Ride Control (DRC), que interliga os amortecedores em diagonal por meio de uma válvula central, para dar mais estabilidade em curvas. Ao atacar a curva, um lado suporta o carro e o outro tende a levantar, mas com o DRC os amortecedores são puxados para baixo evitando assim que o carro sai de traseira.

Aliada ao DRC, a Audi equipou o RS4 com um diferencial esportivo do eixo traseiro com controle de torque mecânico-hidráulico acionado eletronicamente. O diferencial tem um par de embreagens hidráulicas que são acionadas por um conjunto de motor elétrico e bomba de óleo, para impedir que uma roda gire em falso em relação à outra. Com todas essas tecnologias, é quase impossível perder o controle do carro.

Além disso conta com os dispositivos normais de controle de tração (ESP), freios antebloqueantes ABS e Audi Drive Select, que permite alternar em três modos de condução – Conforto, Automático e Dinâmico.

Tal como em outros modelos esportivos da marca, o RS4 conta com Launch Control (controle de largada). Com o pé no freio, parado, desliga-se o ESP, pisa fundo no freio e no acelerador ao mesmo tempo e quando a rotação estabilizar, é só soltar o freio e colar o corpo no banco. Diversão na certa.
Design

O interessante do RS4 é que apesar de ter alma de superesportivo, está em pele de cordeiro, muito bem disfarçado em sob silhueta de carro de família.

Os únicos elementos à mostra que deixam claro a vocação para a velocidade são as enormes rodas de 20 polegadas e a dupla saída de escape, na traseira, com dois bocais gigantes, mas que ainda assim são relativamente discretos.

Ficha técnica
Audi RS4 Avant
Motor: dianteiro, V8, 4.2 FSI
Cilindrada: 4.163 cm³
Potência: 450 cv a 8.250 rpm
Torque: 430 Nm a 4.000 ~6.000 rpm
Câmbio: S-Tronic 7 velocidades
Direção: eletromecânica
Tração: integral 4×4 quattro
Pneus: 265/30 R20
Freios: disco ventilado na dianteira (Ø de 365 mm) e na traseira, ABS com EBD e controle de tração ESP
Dimensões: comprimento, 4.719 mm; largura, 1.826 mm; altura, 1.416 mm; entre-eixos, 2.813 mm
Peso: 1.870 kg
Volumes: porta-malas 490 litros;
Tanque de combustível: 61 litros
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h em 4,7 s;
velocidade máxima de 250 km/h (controlada eletronicamente)

 

Diversão garantida

Pense em um carro com vocação para ser diferente, irreverente e divertido. Se a resposta foi MINI Cooper, então você está alinhado aos ideais da marca inglesa, atualmente sob o comando da alemã BMW.

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MINI faz lembrar Mr.Bean, comediante ingês que dispensa apresentações. Afinal, o personagem dirigia a versão antiga do carro que o deixava mais hilário ainda.

Porém os novos MINI deixaram a comédia de lado e entraram no mundo Premium, em vertente ainda mais exclusiva, que são os carros de imagem.

Com algumas características do modelo original, como baixo centro de gravidade e tamanho compacto, aliado a um moderno conjunto de trem de força, com motor 1.6 l turbo e câmbio automático de seis velocidades, os MINI by BMW são karts de rua, que para ficar perfeito só faltou a tração traseira.

Avaliamos um modelo ainda mais exclusivo, o Cooper S Roadster, conversível de dois lugares e 184 cv de potência a 5.500 rpm, que acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e atinge velocidade máxima de 222 km/h.

O destaque deste modelo é a capota em lona retrátil, que tem acionamento semi-automático (pelo preço, R$ 144.630 – Fipe, e posicionamento de mercado, deveria ser totalmente automática). Para abrir, é preciso liberar a trava manual acima do parabrisas, e depois acionar o motor elétrico que recolhe a lona. Para fechar, basta fazer a operação inversa.

No dia a dia
Indiscutivelmente, o MINI é um carro chamativo. A versão conversível, então, é quase impossível deixar passar em branco.

Isso faz das pessoas a bordo alvo de todos os tipos de olhares. Infelizmente o Brasil não é o país ideal para se andar de capota aberta, ainda que o clima seja perfeito, mas a segurança pública, nem tanto.

Assim, é preciso ficar atento ao rodar com o Roadster no dia a dia.

Além disso, o carro tem suspensão projetada para asfalto liso o que é raro de se encontar nas cidades brasileiras.

As rodas de 17 polegadas calçadas com pneus 205/45 conferem charme e ajudam a deixar o carro ainda mais duro.

A direção com assistência elétrica é perfeita, e chega até mesmo a ser pesada em velocidade acima de 120 km/h, o que incentiva ainda mais uma tocada esportiva.

É, enfim, carro para brincar no fim de semana, cair na estrada, de capota aberta e, se for sinuosa, melhor ainda.

Ficha técnica
mini Cooper S Roadster
Motor: dianteiro, 4 cilindros, 16 V
Cilindrada: 1.598 cm³
Potência: 184 cv a 5.500 rpm
Torque: 260Nm a 1.730~4.500 rpm
Câmbio: automático – 6 velocidades
Direção: elétrica
Tração: dianteira
Pneus: 205/45 R17
Freios: disco ventilado na dianteira e traseira, ABS com EBD e controle de tração (ESP)
Dimensões: comprimento, 3.734 mm; largura, 1.683 mm; altura, 1.397 mm; entre-eixos, 2.467 mm
Peso: 1.495 kg
Volumes: porta-malas 240 l; tanque de combustível: 50 l
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h em 7,2 s;
velocidade máxima de 222 km/h

No mundo da plataforma

Com a mudança de legislação de emissões para veículos diesel em 2012, a Mercedes-Benz, assim como todas as demais montadoras de caminhões, renovou os modelos oferecidos ao mercado, e o antigo Mercedinho 710 deu lugar ao Accelo, disponibilizado em duas versões: 815, com PBT de 8.300 kg, e 1016, com PBT de 9.600 kg, ambos com três opções de entre-eixos: 3,10 metros, 3,7 m e 4,4 m. Os preços, vão de R$ 132.691,41 a R$ 146.408,81, somente o chassis-cabine.

O novo motor do Accelo é até 6% mais econômico do que o anterior
O novo motor do Accelo é até 6% mais econômico do que o anterior

O novo caminhão leve conta agora com mais capacidade de carga (o 710 tinha PBT de 7 toneladas), o que permite a Mercedes-Benz oferecer o Accelo a um novo mercado: plataformas de resgate de veículos. “O antigo Mercedinho ficava no limite do PBT, e por isso não se encaixava neste perfil de uso, mas o novo 815 tem capacidade de sobra”, afirma o engenheiro de Marketing da Mercedes-Benz, WIlson Baptistucci.

Entre as qualidades do caminhão, destaque para o novo motor OM 924 que recebeu a tecnologia BlueTec 5 para atender às normas de emissões Proconve P-7, e ao mesmo tempo ficou mais forte, potente e econômico.

Motor diesel ficou mais potente e econômico
Motor diesel ficou mais potente e econômico

Segundo a montadora, a economia de combustível chega a 6%, além de economizar na troca de óleo, que deve ser feita em intervalos maiores, passou de 20.000 km para 45.000 km. “Como o motor queima melhor o combustível, menos resíduos são gerados, o que contamina menos o lubrificante, permitindo assim um intervalo de troca maior”, explica Baptistucci.

Equipado com uma plataforma de socorro da Engetruck, implementadora parceira da Mercedes-Benz, fizemos um breve test drive no modelo 815 com entre-eixos de 4,4 m, em que foi possível conferir o conforto e a manobrabilidade do veículo.

A plataforma da Engetruck conta com um sistema de articulação reduz o ângulo de acesso à rampa, e isso permite transportar veículos rebaixados, bom para quem trabalha com socorro de esportivos. “Apesar da nossa parceria com a Engetruck, o Accelo aceita implementos de qualquer marca”, afirma Baptistucci.

No dia a dia

Novo painel traz computador de bordo
Novo painel traz computador de bordo

É preciso gostar muito de carro grande para rodar pela cidade com um veículo de mais de 8 metros de comprimento. O Accelo mostrou facilidade no trânsito, dirigí-lo é muito simples, e requer apenas bom senso para o tamanho da carroceria. Um câmbio automático ou automatizado seria bem vindo.

A versão avaliada contava com computador de bordo, item de série, e ar-condicionado e vidros elétricos, como opcionais.

Precisa ser bonito?

Dizem que quem vê cara, não vê coração. Assim, antes de julgar o Toyota Etios pelo design, seria interessante conhecer o modelo por outros aspectos.

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Não é à toa que a montadora insiste tanto nos anúncios publicitários para o consumidor fazer um test drive.

Por uma semana avaliamos o modelo topo de linha da versão hatch, o XLS, com motor 1.5 litro que rende até 96,5 cv de potência (etanol) e aprovamos a mecânica e o desempenho. É, sem dúvida, um carro que tem todos os conceitos Toyota de qualidade. Pena que somente isso não basta.

O Etios é um carro excelente para quem busca comodidade em relação à manutenção, pois se mantiver a linha dos demais modelos da marca, dificilmente terá problemas crônicos de motor, câmbio, suspensão e demais sistemas mecânicos.

É, portanto, carro para quem faz compras racionais, levando em consideração o melhor custo-benefício, sem se importar com a opinião alheia. Por este aspecto, deve apresentar no futuro excelente preço de revenda, tal como ocorre com o Corolla. Não ficarei surpreso se em breve todos os táxis da cidade forem Etios.

No dia a dia
O modelo avaliado era extremamente novo, pegamos o carro com o odômetro marcando 6 quilômetros. Assim, é impossível encontrar algo fora do lugar.

O que o Etios tem de conservador no design externo tem de inovado no interno, que mudou paradigmas entre os compactos. Basta ver a foto à esquerda.

O velocímetro e conta-giros ao centro do painel chamam atenção e não são muito confortáveis à primeira vista, mas é possível se acostumar com isso apesar de passar a impressão de que falta algo quando se está atrás do volante.

Pena que o acabamento não é dos melhores, com muito plástico duro ao toque e pouco aconchegante. Mas, é preciso lembrar, trata-se de um carro popular (exceto no preço: o modelo avaliado custa R$ 41.400).

Quem gostou foram as crianças que podem acompanhar sentadas no banco de trás ao movimento dos ponteiros.

O comportamento dinâmico do Etios é bem calibrado. A suspensão privilegia o conforto, mas sem deixar o carro molenga demais.

A direção com assistência elétrica ajuda bastante nas manobras, e o entreeixos de quase 2,5 metros permite acomodar bem os passageiros no banco de trás.

Em resumo, o Etios é carro para frota e para os poucos consumidores que se preocupam mais com o bolso do que em se exibir de carro novo, pois a feiura do modelo é inegável.

Ficha técnica
Toyota Etios XLS
Motor: 1,5 l, dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 V, DOHC
Cilindrada: 1.496 cm³
Potência:
96,5/92 cv a 5.600 rpm (etanol/gasolina)
Torque:
12,9 kgfm a 3.100 rpm (etanol e gasolina)
Câmbio: manual – 5 velocidades
Direção: elétrica
Tração: dianteira
Pneus: 185/60 R15
Freios: disco ventilado na dianteira e
tambor na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 3.777 mm; largura, 1.695 mm; altura, 1.510 mm; entre-eixos, 2.460 mm
Peso: 965 kg
Volumes: porta-malas 270 litros;
Tanque de combustível: 45 litros
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h – não divulgado;
velocidade máxima não divulgado

Conforto acima de tudo

O Chevrolet Spin divide o mesmo estigma de um sapato, uma vez que beleza e conforto andam distante um do outro.

A nova minivan da GM é, assim, como um sapato feio: agrada pelo rodar macio, mas apresenta design de gosto duvidoso, porém com certo estilo, que está mais para o monstrengo carismático, do que para o vilão boa pinta.

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Com opções para cinco ou sete lugares, o carro substituiu dois outros modelos de uma só vez: o Meriva e o Zafira. Para quem tinha Meriva, o Spin é, sem dúvidas, um upgrade, mas, para quem tinha Zafira, com certeza buscou opções em outras marcas.

Avaliamos um modelo topo de linha, LTZ, de sete lugares, com preço a partir de R$ 53.722. Como o modelo tinha câmbio automático de seis velocidades, o valor inicial sobe para R$ 57.459, quase R$ 4.000 a mais.

Este é um dos raros veículos em que o câmbio automático vale a pena o investimento, pois a transmissão é moderna e ajuda a tirar melhor proveito do ultrapassado motor 1.8 litro, o mesmo que equipava o antigo Monza, mas recalibrado para oferecer um pouco mais de performance.

Além disso, a caixa manual tem cinco velocidades, ante as seis da automática.

Mas, se por um lado o motor é defasado (afinal, a GM tem um propulsor bem mais moderno, o Ecotec 6, que equipa o Cruze, com os mesmo 1.8 litro, porém de 144 cv de potência com etanol), e o design de gosto duvidoso, o acabamento é satisfatório, o câmbio automático excelente e o conforto é nota 10.

No dia a dia
Uma certeza do Spin é que o carro nasceu para rodar na cidade e a baixa velocidade. Até 100 km/h, tudo tranquilo, sem surpresas. O motor apresenta nível de ruído aceitável e a transmissão automática troca as marchas no tempo certo. Porém, na estrada, onde é preciso forçar um pouco mais, deixa a desejar.

A caixa de câmbio bem que tenta melhorar o rendimento do motor, mas é impossível. Acima de 3.500 rpm, o carro é áspero e ruidoso, o que torna uma subida de serra um tormento.

A suspensão é calibrada para dar o melhor conforto possível. Em outras palavras, macia até demais. O carro inclina bastante nas curvas, o que exige redução de velocidade, sempre.

O modelo de sete lugares toma todo o espaço do porta-malas, quase inexistente. Mas, ao contrário da Zafira, que tinha sistema de bancos embutidos quando rebatidos, o Spin exige certo malabarismo, pois o encosto da terceira fila fica sobreposta ao assento, e todo o conjunto precisa ser amarrado ao banco da frente.

Ficha técnica
Chevrolet Spin 1.8 Econo.Flex
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 8 V
Cilindrada: 1.769 cm³
Potência:
108 cv a 5.400 rpm (etanol) /106 cv a 5.600 rpm (gasolina)
Torque:
17,1/16,4 a 3.200 rpm (etanol/gasolina)
Câmbio: automático – 6 velocidades
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 195/65 R15
Freios: disco ventilado na dianteira (256 x 24 mm) e tambor na traseira (230 x 45 mm), ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 4.360 mm; largura, 1.735 mm; altura, 1.664 mm; entre-eixos, 2.620 mm
Volumes: porta-malas 162 l (7 lugares) 710 l (5 lugares);
tanque de combustível 53 litros
Peso: 1.255 kg
Desempenho:
aceleração de 0 a 100 km/h em 11,9/12 s (e/g);
velocidade máxima de 168/167 km/h (e/g)

Médios sob medida

Chevrolet Vectra e Ford Focus são os modelos escolhidos este mês para a avaliação dos Consultores Automotivos do Jornal Farol Alto.

Confiáveis, Ford Focus e Chevrolet Vectra aparecem pouco na oficina
Confiáveis, Ford Focus e Chevrolet Vectra aparecem pouco na oficina

Em comum, ambos disputam o mercado dos veículos médios, e são encontrados em versões sedan – mais executivo, e hatchback – mais esportivo.

O Vectra surgiu no mercado brasileiro em 1993, em substituição ao Monza, porém o porte superior permitiu à montadora posicioná-lo em um segmento acima do modelo que veio a substituir.

Passou por duas reestilizações, sendo a última em 2005. Em 2007 ganhou uma versão hatchback, batizada de Vectra GT, e também uma versão com apelo mais esportivo, a GTX. Em 2011, tanto o sedan quanto o hatch foram substituídos pelo Cruze.

Interessante notar que apesar de ser um modelo fora de linha, ainda é cobiçado por muitos consumidores, o que ajuda a manter o valor de revenda. A versão sedan Elegance 2009 com motor FlexPower 2.0 litros é cotada em média por R$ 34.559, de acordo com a tabela Fipe.

Focus

O Focus tem duas opções de motores 1.6 l e 2.0 l. O 2.0 l só ganhou versão flex em 2010
O Focus tem duas opções de motores 1.6 l e 2.0 l. O 2.0 l só ganhou versão flex em 2010

Já o Ford Focus estreou no mercado brasileiro em 2000, com versões sedan e hatchback, em substituição ao Escort. Apesar de ser um veículo com acabamento superior e de excelente concepção, nunca foi um grande sucesso de vendas.

O carro mantem-se na linha de produção, apesar de a montadora já dar sinais de que em breve será reestilizado. A última atualização ocorreu em 2008, tanto que a diferença de preço entre um modelo 2008/2008 para um 2008/2009 é de quase R$ 10 mil. O sedan 2.0 16V 2008 é cotado a R$ 26.881, enquanto o 2009 sai por R$ R$ 36.650.

O motor 2.0 litros foi um dos últimos a ganhar versão flex, o que ocorreu somente em 2010. Assim, a versão avaliada neste comparativo utiliza somente gasolina como combustível.

No elevador

Com design mais atual, o Focus levou vantangem neste comparativo
Com design mais atual, o Focus levou vantangem neste comparativo

Os consultores têm opiniões muito parecidas a respeito de ambos modelos. Se por um lado o Chevrolet é defasado tecnologicamente em relação ao Ford (e por isso a GM já o substituiu por um veículo mais moderno), por outro o Vectra tem mecânica de fácil manutenção, robusta e com farta oferta de peças no mercado de reposição.

Outro item que é unanimidade entre os consultores diz respeito ao elevado índice de consumo de combustível do Vectra. “O motor tem concepção antiga e é beberrão, mas é robusto e fácil de fazer manutenção”, afirma o consultor e proprietário da 3E Motors, Eric Faria.

Em 2009, o motor 2.0 litro do Vectra foi remapeado e ganhou mais potência : 140 cv ante os 128 cv do modelo 2008
Em 2009, o motor 2.0 litro do Vectra foi remapeado e ganhou mais potência : 140 cv ante os 128 cv do modelo 2008

Outra vantagem do Vectra sobre o Focus, segundo os consultores, é o custo de manutenção. “Por ter uma mecânica conhecida e ampla oferta de peças de reposição, o custo é menor”, afirma o consultor e proprietário da AutoElétria Torigoe, Sérgio Torigoe.

O consultor e proprietário da Cobeio Car, Claudio Cobeio, comenta que tem diversos clientes taxistas que utilizam o Vectra como veículo de trabalho.

“Quem tem um fabricado em 2009, já rodou cerca de 201 mil km, e quando aparecem na oficina é só para fazer revisão de rotina”, diz.

Quem compartilha dessa mesma opinião é o consultor e proprietário da Stilo Motores, Francisco Carlos. “Os Vectras que entram na oficina só fazem revisão de rotina, com troca de peças de desgaste natural. É um carro muito robusto e que quebra pouco”, afirma.

Ford
Da mesma forma que o Vectra, os consultores dividem opiniões similares em relação ao Ford Focus. “É um carro muito bom como produto, mas podia ser melhor trabalhado pela marca”, afirma Claudio Cobeio, da Cobeio Car.

Entre as reclamações, estão o custo elevado de peças de reposição, e a menor oferta, em relação ao Chevrolet. “As peças não chegam a faltar, mas é preciso fazer pedido e aguardar um no mínimo dois dias, e dependendo da peça, somente em concessionária”, afirma Sérgio Torigoe, da AutoElétrico Torigoe.

Curiosamente, apesar do maior número de críticas, três dos quatro consultores deram notas mais altas para o Focus. “Como produto, o Focus é superior”, afirma Claudio Cobeio. “Pena que a marca não trabalhe melhor. Seria imbatível”, diz

 

 

Chevrolet Vecrtra 2.0 l 2009 Ford Focus 2.0 l 2009
Concessionária* Varejo* Concessionária* Varejo*
Filtro ar R$ 42,82 R$ 30,00 R$ 59,04 R$ 31,00
Filtro de combustível R$ 31,83 R$ 22,00 R$ 66,00 R$ 26,00
Filtro de óleo motor R$ 19,76 R$ 23,00 38,25 R$ 32,50
Óleo motor (5W30) -litro R$ 31,00 R$ 31,00 R$ 32,93 R$ 31,00
Filtro de ar-condicionado R$ 67,33 R$ 39,00 R$ 29,52 R$ 32,50
Correia sincronizadora R$ 103,87 R$ 79,00 R$ 284,41 R$ 245,00
Correia Poli-V R$ 98,95 R$ 49,00 R$ 62,64 R$ 148,00
Jogo de polias R$ 199,69 R$ 231,00 R$ 259,21 R$ 168,00
Velas (Jogo) R$ 85,24 R$ 75,00 R$ 126,00 R$ 80,00
Cabos de ignição n/d R$ 150,00 não utiliza
Bobina R$ 259,62 R$ 130,00 R$ 71,26 R$ 74,00
Pastilhas de freio dianteiro R$ 233,33 R$ 132,00 R$ 409,57 R$ 109,20
Pastilhas de freio traseiro R$ 233,33 R$ 90,00 R$ 409,57 R$ 90,00
Discos de freio dianteiro (Par) R$ 718,16 R$ 170,00 R$ 751,00 R$ 168,00
Discos de freio traseiro (Par) R$ 718,16 R$ 182,00 R$ 751,00 R$ 235,00
Amortecedores dianteiros (Par) R$ 1.256,34 R$ 708,00 R$ 1.226,88 R$ 800,00
Amortecedores traseiros (Par) R$ 1.256,34 R$ 791,00 R$ 1.226,88 R$ 565,00
Kit de embreagem R$ 722,39 R$ 384,00 R$ 1.111,00 R$ 975,00
Total R$ 6.078,16 R$ 3.316,00 R$ 6.915,16 R$ 3.810,20

Gasolina com ferro

O ferro presente na gasolina impregina a ponta da vela e dificulta a formação de faísca
O ferro presente na gasolina impregina a ponta da vela e dificulta a formação de faísca

A fabricante de velas automotivas NGK alerta o consumidor para a presença no mercado de gasolina contaminada com ferro, que apesar de aumentar a octanagem do combustível, não é um aditivo homologado e prejudica o bom funcionamento do veículo, que pode apresentar dificuldades de partida, falhas de funcionamento em médias e altas rotações, além de aumento do nível de emissões de poluentes e aumento considerável no consumo de combustível.

A presença deste componente na gasolina foi confirmada por análise contratada pela NGK junto ao Centro Tecnológico de Controle de Qualidade, a Falcão Bauer. A NGK informa que já verificou, por meio de informações em seu SAC, efeitos do contaminante ferroso em veículos utilizados em diversos estados do País, como São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A NGK descobriu o contaminante após verificar a presença de óxido de ferro acumulado na ponta ignífera das velas, por meio de uma inspeção visual. Nesta situação, a fabricante recomenda a substituição imediata do jogo de velas de ignição e a verificação do sensor de oxigênio e do catalisador, que também podem ser afetados.

A utilização das velas de ignição como meio de diagnóstico de falhas do motor do veículo é uma prática muito efetiva e utilizada com frequência por especialistas automotivos. O resultado desta análise reforça ainda mais esta prática.

Férias de inverno

Check-up evita surpresas desagradáveis
Check-up evita surpresas desagradáveis

O mês de julho é marcado pelas férias escolares de inverno e por conta disso muitas famílias aproveitam para viajar no período. Assim, os Consultores Automotivos do Jornal Farol Alto prepararam algumas dicas de check-up para serem feitas em casa, antes de pegar a estrada.

“É importante o dono do carro ter consciência do real estado do veículo antes de sair, pois assim evita surpresas”, afirma o consultor e proprietário da Stilo Motores, Francisco Carlos. “E, além disso, ao encontrar qualquer problema é importante realizar o reparo antes de viajar, para não ficar na estrada”, recomenda o consultor e proprietário da AutoElétrica Torigoe, Sérgio Torigoe.

O consultor e proprietário da Cobeio Car, Claudio Cobeio, lembra que a manutenção preventiva, feita antes do carro apresentar o defeito, é sempre mais em conta do que a corretiva.

Dicas dos Consultores

1. Verifique luzes de lanternas traseiras, ré, freios, iluminação da placa traseira, piscas, faróis baixo e alto, pois além de oferecer risco de colisões, é infração média com penalidade de multa e quatro pontos na habilitação;

2. Certifique-se da existência e prazo de validade do extintor de incêndio, assim como o bom funcionamento da buzina;

3. Limpadores de parabrisas devem ser substituídos regularmente, pois a borracha se desgasta e resseca com o tempo, o que provoca perda de efetividade no funcionamento;

4. Verifique as condições do estepe (pressão do pneu) e das ferramentas necessárias para troca de pneu, como macaco e triângulo de sinalização;

5. Cheque a pressão dos quatro pneus, de preferência com eles frios, pois o ar se expande com o aumento da temperatura, o que provoca diferença de leitura;

6. Antes de dar partida no veículo, com o motor ainda frio e em um piso plano, verifique o nível do óleo motor, que deve estar entre as marcas de mínimo e máximo na vareta. Para verificar com o motor aquecido, é preciso esperar no mínimo 10 minutos para que todo o óleo que está nas galerias desça para o cárter, para ter uma medição precisa.
Nunca, em hipótese alguma complete o nível do óleo do motor, pois a mistura de tipos diferentes de óleo pode prejudicar o funcionamento do motor. Caso o nível do óleo esteja abaixo do mínimo, procure uma oficina de confiança e faça a substituição do lubrificante, assim como do filtro de óleo;

7. Todos os pneus têm uma marca chamada TWI, que indica o nível de desgaste máximo. Quando a borracha atinge o TWI, significa que chegou a hora de trocar o pneu.
O prazo de validade da borracha é de 5 anos, assim, quando fizer a troca dos pneus verifique a data de fabricação do estepe, e se ele tiver mais de 5 anos, é recomendado a troca, mesmo que o pneu esteja novo.

8. Os freios devem ser verificados a cada 10.000 km. As pastilhas têm vida útil de aproximadamente 20.000 km, dependendo da forma como o veículo é utilizado. O fluido tem validade de 2 anos e após esse período deve ser trocado pois perde as características e perde eficiência, uma vez que serve para comprimir as pastilhas sobre o disco, que gera o atrito que freia o carro.
O sistema é hermético e com o desgaste das pastilhas. o nível baixa no reservatório. Por isso, não se deve completar o nível de fluido de freio. Se esvaziar, é porque há vazamento no sistema, o que requer manutenção imediata sob o risco de o carro ficar sem freios.

Cuidados com sistema de arrefecimento

Video fala sobre a importância da manutenção preventiva
Vídeo fala sobre a importância da manutenção preventiva

A fabricante de amortecedores Nakata produziu uma série de vídeos com tema Manutenção Preventiva, para orientar o consumidor sobre os benefícios de se prevenir ao invés de remediar quando o assunto é automóvel.

Um dos temas aborda os cuidados com o sistema de arrefecimento, com ênfase na bomba d’água, componente responsável pela circulação do líquido de arrefecimento pelo motor e radiador.

Confira no site do Jornal Farol Alto este episódio, que esclarece de forma simples e didática como funciona o sistema de arrefecimento e os cuidados que devem ser tomados para que o carro jamais apresente problemas de superaquecimento do motor.

Prêmio
Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido junto aos reparadores em 2012, a Nakata recebeu a classificação Bronze no Prêmio Sindirepa-SP – Os melhores do Ano, nas categorias suspensão sistemas e suspensão componentes.