Morre José Palacio, do IQA

José Palacio
José Palacio

Aos 71 anos, na madrugada desta sexta-feira, 23 de maio de 2014, o amigo José Palacio partiu para um novo plano, e deixou brilhante legado no setor automotivo como um todo.

Os últimos 18 anos de vida de José Palacio foram dedicados à melhoria constante do setor da reparação automotiva, segmento que representa um grande desafio quando o assunto é gestão empresarial. Tal desafio era encarado com alegria, pois acreditava no potencial das pessoas, e isso o motivava.

Já estava aposentado da VW, onde trabalhou por 30 anos no setor da Qualidade, quando ingressou no IQA, em 1996. Sob sua coordenação estavam todas as atividades dos vários Representantes Regionais do IQA no Brasil, para certificação de Retíficas de Motores, Centros de Reparação Automotivos, Empresas de Distribuição de Autopeças e, em conjunto com o SINDIREPA, gerenciava o Programa CETESB para Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel. Além disso, participava de Comitês da ABNT – CB-05 para elaboração de normas brasileira.

Ao todo, foram 50 anos dedicados ao desenvolvimento do setor automotivo brasileiro, sempre com objetivo de oferecer ao consumidor produtos e serviços automotivos de qualidade aprimorada.

O velório e sepultamento, marcado para às 16 horas, do dia 23 de maio, acontecem no Cemitério Vila Pires (Cristo Redentor) – Endereço: Rua Miguel Couto, s/n – Bairro:Vila Pires – Santo André – Telefone: 4452-2156.

Descanse em paz, amigo.

Recall de airbag na Toyota

Falha no lado do motorista
Falha no lado do motorista

Proprietários dos modelos Hilux e SW4 fabricados entre 3/6/2005 a 30/1/2011, e RAV4 produzidos entre 2/8/2005 a 24/3/2010 devem comparecer a uma concessionária Toyota para verificar a necessidade de substituição do conjunto do cabo espiral do sistema do airbag, que pode não funcionar em caso de colisão frontal. O defeito pode ocasionar ainda acendimento espontâneo da luz de advertência do airbag no painel. Confira no site do Jornal Farol Alto a relação completa dos modelos e números de séries dos chassis que devem atender ao chamado da montadora.

Ford 3 cilindros – Moderno, mas nem tanto

Em breve, a Ford lançará comercialmente a nova família Ka, composta pelo hatchback de 5 portas e sedan. A estratégia tem sido apresentar o modelo em etapas: primeiro foi o hatch, em outubro do ano passado, depois, em janeiro, o sedan, e agora um dos motores: o 1.0 litro flex de três-cilindros com duplo comando de válvulas variáveis (admissão e exaustão) que rende 85/80 cv de potência (etanol/gasolina) a 6.500 rpm e torque máximo de 105/100 Nm a 4.500 rpm (e/g).

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Trata-se de uma variação do 1.0 EcoBoost, comercializado na Europa desde 2012 com sistema de injeção direta e turbocompressor. Por lá, o motor desenvolve potência máxima de 99 cv até 125 cv, e é aplicado em modelos como Fiesta, Focus, EcoSport e Modeo (equivalente ao Fusion, no Brasil).

O motor brasileiro é, portanto, o irmão empobrecido, pois tem injeção indireta e não há previsão de uma versão com turbo. O motivo disso é simples: custo. Injeção direta e turbo custam muito mais do que o sistema tradicional. E ainda assim os engenheiros da marca insistem em chamar o motor de ‘estado da arte’. Bom, comparando com os 1.0 de quatro-cilindros existentes no mercado, pode até ser.

Mas, apesar de não ser tão perfeito quanto poderia, o novo motor 1.0 3C Duplo Comando Flex tem alguns pontos fortes que merecem destaque. O primeiro é a tecnologia TiVCT que varia o comando de admissão e exaustão de modo independente. Outro ponto positivo é o sistema de partida a frio sem reservatório auxiliar de gasolina, fornecido pela Bosch, que também fornece o sistema de injeção.

O cabeçote é de alumínio, enquanto o bloco é de ferro fundido, tal como o EcoBoost. Segundo a Ford, esta estratégia foi adotada para deixar o motor com o menor tamanho possível. Estruturas de alumínio tendem a ser maiores para suportar o mesmo esforço físico, e isso é crítico neste motor, pois conta com taxa de compressão de 12:1.

As velas estão posicionadas no topo dos pistões, centralizadas, alimentadas por bobinas individuais, sem cabos. A correia de transmissão é imersa em óleo e segundo a Ford, duram 240 mil km. O cárter tem capacidade para 3,5 litros de óleo, sintético, 5W20. já o sistema de arrefecimento é de duplo estágio.

O peso total do 1.0 3C Duplo Comando Flex é de 85 kg, segundo a Ford. Em relação ao atual quatro-cilindros Rocam, é cerca de 20 kg mais leve, resultado direto do número menor de componentes, além da integração do coletor de exaustão ao cabeçote, uma nova tendência nos motores modernos.

Para reduzir vibrações, algo natural em motores de 3 cilindros, a Ford utiliza como estratégia “desequilibrar” intencionalmente o volante e a polia do eixo ao invés de uma solução mais tradicional que é a aplicação de contrapesos. Porém, somente depois de rodar em carro completo será possível avaliar melhor esta solução. Ao que indica, o coxim do motor será do tipo hidráulico e reforçado, para absorver ao máximo a vibração do motor.

Fato é que com este lançamento, a Ford passa a ser a quarta montadora a oferecer motor três-cilindros. As demais são Kia, no Picanto; Hyundai, no HB20; e VW no Fox e up!.

Nova fábrica
O 1.0 3C Duplo Comando Flex começa a ser produzido em massa a partir deste mês de maio, em Camaçari, na Bahia. Para tanto, a Ford investiu R$ 400 milhões no projeto do motor e na construção da planta, que tem capacidade para produzir 210 mil motores por ano e nesta primeira etapa exigiu a contratação de 300 novos colaboradores.

Chevrolet Cruze Sport6 – Silhueta ‘slim’

O Chevrolet Cruze é um desses carros que à primeira vista não mostra tudo o que tem a oferecer. Somente atrás do volante é possível entender que o quanto o modelo é robusto e sofisticado.

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Mesmo sendo um hatchback médio, o Sport6 tem aspecto compacto por fora, e graças ao design ‘slim’, engana bastante.

Com motor 1.8 16 válvulas flex de 144 cv de potência quando abastecido com etanol, oferece duas opções de câmbio: manual, de seis velocidades (a partir de R$ 68.890), e automático, também de seis (a partir de R$ 75.590), ambos na versão LT.

Já a versão top de linha, a LTZ (a mesma desta reportagem), dispõe apenas de câmbio automático e preço a partir de R$ 84.890.

Os mais de R$ 9.000 de diferença entre a versão LT automática e a LTZ deve-se a incorporação de uma série de equipamentos, sendo os mais interessantes o sistema de chave por presença, tanto para abrir o carro quanto para dar a partida, sem a necessidade de tirar a chave do bolso, o teto solar elétrico, o air bag tipo cortina, a câmera de ré e o sistema multimídia MYLINK com tela LCD de 7 polegadas sensível ao toque com GPS integrado.

Além disso, o LTZ vem de série com retrovisores externos com rebatimento elétrico, sensor de estacionamento traseiro e sensor crepuscular.

Em comum, rodas de 17 polegadas de liga leve, faróis de neblina, air bags laterais, controle de estabilidade e de tração, ar-condicionado, piloto automático, computador de bordo entre outros.

Vida a bordo
Mas é a bordo do Cruze que é possível sentir a imponência do modelo. Esta sensação é auxiliada pelo fato de a linha de cintura ser bastante elevada, e a visibilidade um tanto o quanto comprometida. Em algumas situações, é preciso até erguer o banco para enxergar melhor.

Isso tudo significa que o Cruze tem excelente posição de dirigir, com banco bem baixo e pernas quase esticadas.Bem diferente das minivans em que se dirige sentado como se estivesse em uma cadeira.

Apesar do bom motor e da excelente transmissão automática de seis velocidades, o Cruze não chega a empolgar nas acelerações, mas é bom de curva.

A Chevrolet podia oferecer aletas atrás do volante para trocas de marchas, item que deixaria o modelo mais divertido para dirigir. Com o preço salgado para um hatchback médio, este seria um mimo a mais para os clientes.

Ficha técnica
Chevrolet Cruze Sport6 LTZ
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16 válvulas, flex
Cilindrada: 1.796 cm³
Potência: 144/140 cv a 6.300 rpm (etanol/gasolina)
Torque: 18,9/17,8 kgfm a 3.800 rpm (e/g)
Câmbio: automático – 6 marchas
Direção: elétrica
Tração: dianteira
Pneus: 225/50 R17
Freios: disco ventilado na dianteira e sólido na traseira, ABS com EBD e ESP
Dimensões: comprimento, 4.510 mm; largura, 1.790 mm; altura, 1.477; entre-eixos, 2.685 mm
Peso: 1.436 kg
Volumes: porta-malas – 402 l; tanque de combustível: 60 l
Desempenho: 0 a 100 km/h em 10,7/10,8 s (e/g); velocidade máxima de 204/203 km/h (e/g)

Pensar faz bem à saúde

No início do mês passado (abril), o Ipea – Instituto de Pesquisas Aplicadas divulgou nota retificatória sobre o estudo de tolerância à violência contra a mulher e casos de estupro, que em primeiro momento havia revelado que 65% dos brasileiros acredita que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas (estupradas).

A notícia dos 65% gerou muita polêmica em todo tipo de meio de comunicação. Ficou dias na boca do povo, que considerou absurdo o pensamento pequeno e mesquinho do brasileiro em relação ao comportamento feminino de se vestir sensualmente para atrair a atenção de outras pessoas.

Socialmente falando, o resultado de 65% é um problema e demonstra a falta de educação de um povo, retrato de anos de desleixo por parte dos administradores públicos na provisão de ensino para a população.

Mas, depois de tudo, a bomba maior caiu sobre o Ipea: o resultado não era exatamente o anunciado. O número correto era 26% e não 65%. Não era a grande maioria da população que acha que mulher que se veste de forma sensual merece ser atacada, mas apenas 1/3. O Ipea levou uma semana para descobrir que havia um erro de troca de gráficos, e os técnicos comentaram que acharam estranho o resultado, mas só foram checar depois de a lambança estar feita.

Este episódio abriu uma cova na credibilidade do instituto. Que outra pesquisa podemos confiar? Quem vai checar os dados? Este é um problema que o Ipea vai ter de superar, pois a imagem ficou manchada.

Análise do resultado
Independentemente do número, 65% ou 26%, fato é que há um problema sério na quantidade de vagas na educação pública assim como na qualidade. O povo brasileiro emburrece sistematicamente e isso é bom para quem?

A análise do resultado desta pesquisa sócio-comportamental deve ser feita de forma profunda, pois já não estamos mais na idade média em que o bruto pega o que quer na base da força. Há anos vivemos na democracia de direitos, mas também, e infelizmente  na ditadura econômica.

Quem pode pagar tem acesso a ensino de qualidade, quem não pode, desenvolve pensamentos medievais. Fato é que é mais fácil controlar os ignorantes. Basta dar a eles popozudas rebolando na TV aos finais de semana, um pouco de drogas entorpecentes legais e algumas migalhas.

Isso ajuda a vender também, pois associado a tudo colocam objetos de desejo como roupas, jóias, perfumes, celulares, carros e demais bugigangas tecnológicas para que consumam de forma desenfreada.

E, na onda do consumismo, compramos o que está disponível. No caso dos automóveis, temos modelos compactos, com baixo índice tecnológico e preços absurdos, que fazem os gringos rirem de nós. E com razão, mas para nós, o que vale é que temos carros, certo? Não importa se lá fora é possível comprar dois ou três carros iguais ao preço de um. Afinal, moramos no Brasil e não lá fora.

O brasileiro precisa aprender a pensar, pois somente assim vai ganhar respeito. É isso que esta publicação começa a fazer a partir desta edição. Falamos sobre veículos e queremos que todos aprendam como funcionam para que possam cuidar deles da melhor forma possível. Para tanto, é preciso que saibam analisar informações de forma crítica e com sabedoria, para depois saber como agir. Pensar faz bem à saúde.

Alexandre Akashi Editor

NGK dá dicas de economia

Linha de produtos NGK
Linha de produtos NGK

A fabricante de velas automotivas NGK lembra que uma manutenção correta nas velas, cabos de ignição e em outros componentes, como o sensor de oxigênio, pode auxiliar na economia de combustível. As velas são responsáveis por garantir que todo o combustível seja queimado, sem resultar em desperdício, já o sensor de oxigênio é responsável pela análise da condição da queima de combustível, sendo imprescindível no controle de emissão de poluentes e no consumo.

Brabus chega ao Brasil

O CLS 63 Brabus tem 620 cv,  vai a 320 km/h e custa US$ 310.000
O CLS 63 Brabus tem 620 cv, vai a 320 km/h e custa US$ 310.000

Para quem gosta de Mercedes-Benz mas sempre teve vontade de ter um modelo um pouco mais picante, mas nem tanto quanto os AMG, uma boa notícia. A Brabus, empresa alemã que desde 1977 incrementa os carros da marca, iniciou operações no Brasil em abril, com três modelos: Classe C 18 Brabus, Classe C 20 Brabus e CLS 63 Brabus.

O C 18 Brabus custa a partir R$ 149 mil, é equipado com um motor 1.6 turbo de 182 cavalos de potência e 280 Nm de torque, vai de 0 a 100km/h em 8.2 segundos e máxima de 230km/h. Destaque para o spoiler dianteiro montado no para-choque e o aerofólio traseiro. Internamente se diferencia do C 180 convencional pelos tapetes da marca Brabus, pinos de portas e pedais Brabus em alumínio.

O C20 Brabus conta com motor 1.8 turbo de 224 cv e 325 Nm de torque, vai de 0 a 100km/h em 7.6 segundos e máxima de 243km/h e será vendido a partir de R$ 175.000. Já o o CLS 63 Brabus tem motor 5.5 V8 biturbo, com 620 cv e 1000 Nm que acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos, e atinge velocidade máxima de 320 km/h.

O modelo traz spolier de fibra de carbono, rodas Monoblock F de 19 polegadas (20 polegadas opicional), difusor de fibra de carbono com escapamento “valve controled” que permite ao toque de um botão selecionar o modo loud ou quiet – ronco mais agressivo ou suave – entre as opções disponíveis. O valor inicial do modelo é US$ 310.000.