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Retrospectiva 2014 – Ano agitado em alta cilindrada

Por Arthur Caldeira
da Agência Infomoto

Para o setor de motocicletas, 2014 foi um ano agitado. Embora as vendas no varejo apresentem uma retração de 5,66% se comparadas ao mesmo período de 2013, o segmento de alta cilindrada (acima de 450 cc) tem demonstrado um bom crescimento. Com isso, muitas fábricas apostaram em novos modelos nesse segmento de maior capacidade cúbica e valor agregado.
Mas as pequenas e valentes motocicletas de baixa capacidade não ficaram esquecidas. Houve novidades no segmento de uso misto com a chegada da Yamaha Crosser no início do ano e o lançamento da Honda Bros com motor de 160cc em novembro passado. Sem falar nos sistemas de freios mais seguros que equipam modelos como a CG 150 e o recém-lançado scooter Dafra Cityclass 200i. E por falar em scooters, foi outra fatia do mercado que foi muito bem em 2014. E promete ser ainda melhor no próximo ano. Confira uma retrospectiva do ano que se encerra em duas rodas.

BMW

BMW S 1000R
BMW S 1000R

A BMW Motorrad é prova do crescimento de motos de alta capacidade cúbica no Brasil: até novembro já tinha emplacado 7.100 motos e ocupava a sexta colocação entre as marcas que mais venderam no País, superando até mesmo a Harley-Davidson. Para isso, a marca aumentou o portfólio de modelos nacionalizados, ou seja, montados em Manaus na planta da Dafra.
Em fevereiro, a versão Adventure da F 800GS chegou ao mercado, nacionalizada. Em agosto, a marca anunciou a nacionalização de sua famosa bigtrail a R 1200GS. Com isso os preços dos modelos ficaram mais competitivos perante a concorrência e isso ajudou nas vendas.
Mas a ampliação do line-up com a chegada do C 600 Sport e das nakeds R nineT e S 1000R – todos importados – também contribuíram.

Dafra

DAFRA CITYCOM 300i FHCBS
Dafra Citycom 300i FHCBS

Sofrendo com a queda nas vendas de motos de menor capacidade cúbica, a Dafra tem se dado muito bem no segmento de scooters. O Citycom 300i ganhou em agosto o sistema de freios combinados, que divide a força da frenagem entre as duas rodas. Antes, em abril, havia chegado o MaxSym 400i, fruto da parceria com a taiwanesa SYM, e mais recentemente, no início de dezembro, foi a vez do Cityclass 200i chegar às lojas. O novo modelo de entrada traz motor de 199 cm³ de capacidade com potência máxima de 13,8 cv a 7.500 rpm, rodas aro 16” e freios combinados, por R$ 9.390.

Ducati

Ducati Hypermotard
Ducati Hypermotard

Depois de anunciar a operação oficialmente no Brasil em 2013, este ano marcou a consolidação da Ducati no País. Seguindo a mesma receita de ter modelos nacionalizados, como a Monster 796, a Diavel e, mais recentemente, a Multistrada e a 1199 Panigale, a marca italiana trouxe algumas novidades para o País.
Em abril, foi a vez da família Hypermotard, em três modelos: Hypermotard standard, Hyperstrada, versão para viajar, e Hypermotard SP, a mais radical da família. Chegaram, contudo, com preços elevados, que de certa forma prejudicou as vendas.
A fábrica também trabalha para voltar a ter um representante na cidade de São Paulo, já que teve problemas com a primeira concesisonária na capital paulista. Em novembro último, anunciou parceria com a Caltabiano, que abriu um showroom no JK Iguatemi.
Vale também lembrar a exclusiva Panigale S Senna, apresentada em maio, em edição limitada para homenagear os 20 anos da morte do piloto Ayrton Senna.

Harley-Davidson

Harley-Dadvison LiveWire
Harley-Dadvison LiveWire

A centenária marca norte-americana continua a expansão no Brasil. Em fevereiro, as emblemáticas motos da família Touring, reformuladas para este ano por meio do projeto Rushmore, finalmente desembarcaram em nossas estradas. Com novo motor – e a Ultra Limited com um V2 com refrigeração líquida no cabeçote – foram feitas diversas mudanças significativas, que incluíram desde um novo fecho de abertura das malas até uma tela de LCD touch screen no sistema de entretenimento.
Embora ainda não esteja à venda, a primeira moto elétrica da história da Harley-Davidson não pode ficar de fora dessa retrospectiva (Veja avaliação na página 14).

Honda

Família Honda CB 650
Família Honda CB 650

A marca líder de mercado começou o ano completando a tão esperada família 500cc: depois da naked CB 500F, chegaram a esportiva CBR 500R em fevereiro e a aventureira CB 500X em maio. Os três modelos ajudaram a Honda a crescer no segmento de motos de alta capacidade (acima de 450cc) com uma receita racional: todos têm bom desempenho, baixo consumo de combustível e são fáceis de pilotar.
Essa visão mais racional, que busca atrair futuros motociclistas chegou ao Brasil também por meio da CTX 700N, uma custom diferente de todas que você já viu. Com motor econômico, derivado da NC 700X, e um visual futurista, a custom tem agradado e poderá ser nacionalizada.
Ainda no segmento de alta capacidade cúbica com uma abordagem mais racional, a Honda também trouxe a nova linha de 650cc (CB 650F e CBR 650F), mais em conta e menos potente que a agora aposentada CB 600F Hornet. As novas 650cc chegaram às lojas em outubro.
Em agosto, a Honda apresentou uma nova versão da CG, dotada do sistema de freios combinados, a CG 150 Titan CombiBreak. A atitude da marca já se antecipa à resolução número 509/2014 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que torna obrigatória a presença do sistema ABS nas duas rodas para as motos nacionais e importadas com propulsor igual ou superior a 300 cc a partir de 1º de janeiro de 2016. Já os modelos com capacidade cúbica inferior a 300 cc deverão contar com sistema de freios combinados (CBS), que já equipa a CG 150 Titan. Para fechar o ano, a Honda mostrou em novembro a nova NXR Bros com motor de 160cc.

Kawasaki

Kawasaki Ninja 1000
Kawasaki Ninja 1000

A forte concorrência no segmento de motos de alta cilindrada tem impactado nos negócios da Kawasaki no Brasil. A marca japonesa, com uma estrutura tímida no Brasil e sem um planejamento estratégico adequado, amargou forte queda nas vendas em 2014. Entre janeiro e novembro de 2013, a Kawa emplacou 8.377 unidades. No mesmo período de 2014, foram apenas 6.618.
De lançamentos, apenas as novas versões da Z 1000 e da Ninja 1000 que chegaram aqui em abril. Nem mesmo os 30 anos da família Ninja receberam a importância merecida da Kawasaki do Brasil. Os modelos chegaram por aqui em setembro sem grande alarde ou divulgação. Torcemos para que, em 2015, a empresa volte a acelerar no mercado brasileiro.

KTM

KTM 250 EXC F
KTM 250 EXC F

Depois de anunciar a volta ao Brasil em março em parceria com a fabricante local Dafra, a KTM revelou em junho um cronograma mais detalhado para o retorno de suas operações no país. A marca austríaca confirmou que vai vender 14 modelos diferentes no país, iniciando as atividades em dezembro.
Os lançamentos serão feitos de forma escalonada, com apenas nove das motos anunciadas compondo a vitrine quando forem abertas as primeiras concessionárias. As outras seis serão apresentadas ao longo de 2015. E, por enquanto, nenhuma delas teve os preços revelados. O acordo com a Dafra é de longo prazo e prevê tanto a importação quanto a produção de motocicletas, no sistema CKD, e estabelece ainda atuação conjunta na comercialização e atendimento pós-venda, bastante semelhante ao que a Dafra já realiza com a italiana MV Agusta.

MV Agusta

MV Agusta  Brutale 800
MV Agusta Brutale 800

Neste ano, o fã da MV Agusta teve motivos para comemorar, ou melhor, três motivos: Brutale, F3 e Rivale, a trinca de modelos equipados com motores de três cilindros de 800 cc finalmente desembarcou nas concessionárias brasileiras da marca. Com preços mais acessíveis que as motos de quatro cilindros, porém com a mesma esportividade inerente às motos italianas, as tricilíndricas são a arma da MV Agusta para brigar pelo acirrado mercado nacional de motos de alta capacidade cúbica.
E, no final de outubro, a grande novidade mundial: a Mercedes-Benz por meio da AMG adquiriu 25% de participação na MV Agusta. O acordo prevê cooperação entre as duas empresas nas áreas de marketing e vendas, além de pesquisa e desenvolvimento. A Mercedes também irá nomear um membro para fazer parte do conselho de administração da MV Agusta.

Suzuki

Suzuki V Strom 1000
Suzuki V Strom 1000

Mostrada no Salão Duas Rodas 2013, a Inazuma chegou às lojas apenas em maio e colocou a Suzuki na briga do segmento street de 250cc de uma vez por todas. Com um design robusto, que remete à B-King, a Inazuma 250 veio para brigar com Honda CB 300R e Yamaha YS 250 Fazer com motor de dois cilindros paralelos e preço de R$ 15.900.
Outras novidades no line-up da fábrica de Hamamatsu foram a custom M 1800R BOSS, que chegou no segundo semestre por R$ 57.900. E a novíssima V-Strom 1000, completamente reformulada. Ganhou novo visual e controles eletrônicos para brigar no segmento das bigtrails.

Triumph

Triumph Tiger 800
Triumph Tiger 800

A Triumph começou o ano com tudo. Em janeiro, iniciou as vendas de três novidades: Tiger 800 standard; Tiger Explorer XC e a luxuosa Trophy SE. A marca inglesa, que tem fábrica própria em Manaus (AM), também ampliou os pontos de vendas ao redor do Brasil e continua registrando crescimento consistente de suas vendas no País.
Depois da clássica Bonneville T 100, foi a vez da Thruxton, uma café racer de fábrica, chegar ao País em abril. Em setembro, foi a vez da Tiger Sport desembarcar aqui. Versão mais esportiva e estradeira da família, a Tiger Sport completou o line-up de aventureiras no Brasil.

Yamaha

Yamaha Ténéré 660 ABS
Yamaha Ténéré 660 ABS

Há tempos a Yamaha vem prometendo virar o jogo no Brasil. Isso pode não ter acontecido em 2014, mas já foi um bom começo. Em janeiro, um vídeo teaser divulgado na internet dava pistas de que a nova moto da marca japonesa se chamaria Crosser e dava indícios de que seria um modelo on/off-road. Equipado com o novo motor de 150cc, a moto foi lançada em fevereiro com o nome completo de XTZ 150 Crosser e mostrou-se sucesso de vendas.
Em maio, anunciou a nacionalização da bigtrail Super Ténéré na fábrica brasileira. A ideia foi baratear o preço final para brigar de frente com BMW R 1200GS e a Triumph Tiger Explorer. Em agosto, o modelo top da Super Ténéré com suspensão eletrônica começou a ser vendido e Ténéré XT 660Z ganhou uma versão com ABS.
Mas, foi em setembro que a Yamaha mostrou o que todos queriam ver: a MT-09. A revolucionária moto, equipada com propulsor de três cilindros e 115 cv, mescla elementos de uma naked com supermotard em um conjunto leve com quadro de alumínio e visual atual. Com preço sugerido de R$ 35.990, veio para brigar no segmento naked de média capacidade e já dá sinais de que foi uma aposta acertada da fábrica brasileira.

Harley-Davidson mira no futuro com moto elétrica

Por Arthur Caldeira
da Agência Infomoto

A posição de pilotagem remete às nakeds, porém mais curvada. Nas ruas, é leve e ágil
A posição de pilotagem remete às nakeds, porém mais curvada. Nas ruas, é leve e ágil

Leve (208 kg), ágil e com uma aceleração impressionante – de 0 a 100 km/h em menos de quatro segundos – a LiveWire é a primeira moto movida por eletricidade produzida pela Harley-Davidson, famosa por seus ruidosos motores V2 de grande capacidade cúbica e combustão interna.

Ainda em fase de desenvolvimento, o Projeto LiveWire está percorrendo as concessionárias da Harley-Davidson nos Estados Unidos para que os clientes possam experimentar a moto e opiniar a respeito. Infelizmente, o modelo ainda não tem previsão de chegar ao mercado. Participamos de uma etapa desse tour em Miami no início de dezembro.

Duas “voltinhas”

Quando solicitada, o tranco é forte
Quando solicitada, o tranco é forte

Infelizmente, assim como as outras 5.000 pessoas que já aceleraram a LiveWire, tive a oportunidade de dar apenas uma pequena volta com a primeira Harley elétrica da história. Mas antes de rodar cerca de cinco milhas (oito quilômetros) foi preciso uma preparação, pois a LiveWire é completamente diferente de outras H-D, inclusive a posição das pedaleiras, mais ao centro da moto e não alongadas lá na frente.

A posição de pilotagem remete às nakeds, porém mais curvada. “Nossa ideia foi criar uma café racer pós-moderna”, revela-me Yvon Carvalho, brasileiro que há oito anos trabalha na área de pesquisa e desenvolvimento da Harley-Davidson, onde já foi piloto de testes e hoje é mecânico especial de testes. Por essa inspiração café racer a LiveWire tem somente o banco do piloto.

Painel tablet
Exceto pelos comandos nos punhos, nada na LiveWire lembra outras Harley-Davidson. Basta posicionar o botão corta-corrente na posição “RUN” que o painel acende. Parecido com um tablet com uma tela de 5 polegadas sensível ao toque, o painel mostra os dois modos de pilotagem “Range” (para mais autonomia) e “Power” (para potência total). Optei pelo modo mais agressivo e então a inscrição 111 mph – em referência aos 111 anos da marca – aparece.

Apertei o botão “Start” no punho direito como em todas as Harley, mas desta vez não havia nenhuma vibração, nenhum barulho. Nada. Só o silêncio e o número zero grande no painel e ao lado duas barras – um que indica autonomia e outra, o quanto se está usando do acelerador.

Impressões
Girei o acelerador com parcimônia para me acostumar com o torque do propulsor elétrico. Não há embreagem e nem câmbio, apenas uma transmissão primária do motor para o pinhão, e a transmissão final é feita por correia dentada.

Já nos primeiros metros, a LiveWire mostrou-se leve e ágil. Joelhos juntos ao falso tanque, pernas flexionadas e um acelerador que comanda tudo. A curva de torque, a aceleração e a velocidade são controladas pelo quanto você gira a manopla direita.

Depois da primeira milha, já mais confiante, decidi “enrolar” o cabo. Impressionante. É a única palavra que descreve o quão rápido a LiveWire pode ir de 0 a 100 km/h. Um verdadeiro soco no estômago.

A indicação do uso do acelerador foi a quase 100% e pude sentir a roda traseira destracionar. “Isso é normal. Se você girar tudo de uma vez, vai sair queimando pneu”, advertiu-me Yvon Carvalho mais tarde.

Mas nesta primeira volta, optei manter velocidades constantes e sentir a dinâmica da moto. Afinal, depois de alguma insistência a H-D permitiu-nos dar outra volta de 5 milhas no trajeto pré-definido por algumas ruas e avenidas de South Miami. Mudanças de direção são rápidas e precisas. As suspensões – garfo invertido, na frente, e balança monoamortecida, atrás – estavam rígidas demais até mesmo para as ruas americanas, mas permitem inúmeros ajustes.

Para parar, bons freios, mas que mal precisam ser usados. Basta tirar a mão do acelerador que a desaceleração do motor quase estanca a LiveWire em poucos metros. Essa desaceleração é inversamente proporcional ao quanto você acelera.

A desaceleração também recarrega a bateria da LiveWire e ajuda a aumentar a autonomia do modelo, que chega ao máximo a 60 milhas (quase 100 km) no modo Power. O tempo para recarga completa é de 3 horas quando a moto for ligada a uma rede elétrica convencional com tensão de 220V. O interessante é que o sistema de recuperação de energia do motor fez com que, embora tivesse rodado 8 km, a autonomia não tinha caído exatos 8 km.

Na segunda volta com a LiveWire, procurei me atentar ao desempenho puro da moto. Com mais confiança, girei o acelerador de uma vez e a traseira saiu derrapando. “Empinar não deve ser difícil?”, pergunto ao piloto de testes da H-D. “Mais fácil do que você imagina”, diz Yvon.

As suspensões foram ajustadas para o meu peso e altura. Seu funcionamento foi bem mais suave e progressivo. Nas curvas, que não foram muitas, a LiveWire também se mostrou obediente e firme.

NGK é campeã da MotoGP com Marquez

NOTAS_NGK_MotoGPA fabricante de velas de ignição  NGK contribuiu para a conquista do bicampeonato Mundial de Motovelocidade, categoria MotoGP. A empresa é fornecedora e patrocinadora da Repsol Honda, equipe do piloto espanhol Marc Márquez, que encerrou a temporada 2014 com 13 vitórias. Na competição deste ano, também esteve presente nos motores Yamaha e Ducati. De acordo com a fabricante, as pistas são um dos laboratórios para o desenvolvimento dos produtos NGK. “Para nós é uma honra e satisfação equipar a motocicleta do campeão da temporada 2014 e recordista da categoria, o que atesta a nossa posição de maior especialista em velas de ignição do mundo”, informa Marcos Mosso, chefe de Marketing da NGK do Brasil. Com 65 anos, a MotoGP é a mais antiga e principal competição de motociclismo do mundo.

Pirelli apresenta tradicional calendário

NOTAS_Calendario_PirelliCom a participação de três modelos brasileiras – Isabeli Fontana, Adriana Lima e Raquel Zimmermann – o Calendário Pirelli 2015 foi apresentado no espaço de arte contemporânea da Pirelli, em Milão (ITA). O autor é Steven Meisel, um dos fotógrafos mais conceituados do mundo da moda. O trabalho de Meisel devolve ao Calendário Pirelli 2015 a absoluta centralidade da imagem da mulher no mais clássico dos formatos dos calendários: 12 fotos (mais a capa) para os 12 meses de 2015.

Jacarés do Asfalto completam maior idade

No próximo dia 14, os Jacarés do Asfalto Motoclube realizam a festa de comemoração de dezoito anos de fundação, na casa de shows Chão Selvagem, em Suzano (SP). Esta é a terceira vez que o evento é realizado na cidade, e pretende reunir cerca de 2.000 pessoas entre integrantes dos Jacarés, parentes e amigos.

Os Jacarés (da esq.): Picka-Pau e Gorete, Rosalvo e Mara, Magirus e Regina, Jair e Cida, Luiz e Teresa,  Bikudo e Rose, Fernando e Leire, Artur e Nilda, Pedro e Sandra, e Valmir
Os Jacarés (da esq.): Picka-Pau e Gorete, Rosalvo e Mara, Magirus e Regina, Jair e Cida, Luiz e Teresa, Bikudo e Rose, Fernando e Leire, Artur e Nilda, Pedro e Sandra, e Valmir

“Essa será uma data marcante”, afirma o presidente dos Jacarés, Fernando Senlle, ao comentar que o clube tem como valores honestidade, ética, irmandade e solidariedade. “Esses são os termos que trouxeram o clube até este ponto, e será um enorme prazer receber Clubes e Amigos do Brasil todo para essa festa ímpar para os Jacarés do Asfalto MC”, convida.

História
Os Jacarés do Asfalto nasceram na metade dos anos 1990, na zona leste de São Paulo. Tal como a maioria dos motoclubes, a organização ocorreu de forma natural e espontânea, a partir da paixão comum sobre duas rodas. “Éramos um grupo de rapazes que se encontrava todo final de tarde no Bar do Jacaré e percebemos que a amizade ia além dos momentos felizes em bate-papos, copos de cerveja e brincadeiras “, lembra o ex-presidente e um dos fundadores dos Jacarés, Picka-Pau

A partir dai, começaram se encontrar também em passeios de finais de semana, intermediados por Jacaré, dono do bar. “Ele parecia ter uma certa força centralizadora”, lembra Picka-Pau. Assim, em 1º de novembro de 1996, o Jacarés do Asfalto Motoclube foi fundado, com Jacaré na presidência da associação.

Os primeiros 10 anos dos Jacarés foram de simplicidade, mas repletos de atividades, passeios, sorrisos e alegria. As festas de comemoração dos aniversários eram realizadas na rua, simples, porém grandiosas. “Foi um bom período, mas logo em seguida ocorreu uma guinada, o Jacaré deixou a presidência e também o clube que ajudou a fundar”, lembra Picka-Pau.

Era Picka-Pau
logo jacaresA saída de Jacaré trouxe dúvidas sobre o destino do motoclube. Porém, de forma inusitada, Picka-Pau se canditada e é eleito presidente. A partir de então tem início a segunda fase dos Jacarés do Asfalto MC, com novas ideias e novos rumos, a começar pela mudança no brasão.

“O antigo era bonito, mas de muita simplicidade”, diz Picka-Pau. O novo, com um jacaré montado em uma motocicleta atravessando o dia claro e ensolarado e adentrando a noite estrelada, com as bandeiras do Estado de São Paulo e também a do Brasil, envolto em um pneu de moto caracterizando uma estrada, ficou mais complexo e bastante significativo no meio dos motoclubes.

Novos integrantes viram, assim como um novo local para se reunir: o Point dos Jacarés. A festa de aniversário ganhou importância e passou a ser comemorada no Sky Mountain Park, em São Roque, sempre com a doação de brinquedos como ingresso.

Após 12 anos, Picka-Pau não pôde mais concorrer à presidência e o grupo elegeu Fernando Senlle para conduzir os Jacarés pelas estradas e caminhos do Brasil.

Uma nova parceria para os encontros semanais foi feita e hoje os Jacarés voltaram à rotina das conversas regadas ao velho bate-papo ouvindo Rock’n Roll, no Decio Rock Bar, na zona leste de São Paulo.

HD Street Glide – Mais completa e customizada

Por Arthur Caldeira
da Agência Infomoto

Novidade mundial na linha 2015, a versão CVO da Harley-Davidson Street Glide foi confirmada para o Brasil. Formada por modelos exclusivos e customizados pela fábrica, a linha CVO (Custom Vehicle Operations), traz pintura diferenciada, diversos acessórios já instalados na moto, um motor de maior capacidade cúbica e, no caso da Street Glide, o mais potente sistema de som a equipar uma motocicleta da marca.

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Outra boa novidade é que a linha CVO à venda no Brasil, formada também pela Ultra Limited, será agora montada em Manaus. Com isso, a nova Street Glide CVO vai custar R$ 111.000 e deverá chegar às concessionárias da marca com uma pintura preta metálica com labaredas douradas (chamada de Starfire Black with Gold Dust Flames) no início do próximo ano – o modelo base da Street Glide custa a partir de R$ 75.900.

Mas o preço muito superior da versão CVO vai além da pintura artesanal exclusiva e dos diversos acessórios, como comandos de punho iluminados e pedaleiras diferenciadas. A Street Glide CVO traz o motor de dois cilindros em “V” com auxílio da refrigeração líquida e preparado pela divisão Screamin’ Eagle da Harley. Com isso sua capacidade cúbica foi aumentada de 103 polegadas (1690 cm³) para 110 (1801 cm³), gerando assim mais torque – 15,9 kgf.m já a 3.750 rpm – e certamente mais potência, porém a Harley não divulga esses números. Além do motor “preparado”, a CVO conta ainda com assistente hidráulico de embreagem.

On the road
Mais “jovem” que a enorme Ultra Limited, a Street Glide tem sido sucesso de vendas nos Estados Unidos, já que o modelo incorporou uma tendência popular por lá: as baggers, ou seja, motos estradeiras que contam com malas laterais rígidas, carenagem frontal e roda dianteira de diâmetro maior. Com sua pintura chamativa – pilotei um modelo na cor amarela com labaredas em preto – a versão CVO reforça ainda mais essa inspiração nas motos customizadas. As rodas de liga-leve com cinco pontas têm desenho agressivo e um cromado bastante reflexivo, semelhante ao que os harleiros gostam de colocar em suas baggers personalizadas.

O câmbio de seis marchas (com a sexta overdrive) emite ruídos nos engates, mas o acionamento da embreagem é macio, graças ao auxílio hidráulico. Entretanto, o desempenho do motor que conta com refrigeração líquida e mais torque nem pedia muitas trocas de marchas. Nos trechos mais íngremes e cheios de curva, a quarta era suficiente. No plano, a sexta marcha fazia o giro cair, mas oferecia bastante força para empurrar os mais de 380 kg a seco da CVO Street Glide.

Os freios ABS Reflex, com sistema combinado, também davam conta do recado para diminuir a velocidade em curvas mais acentuadas e evitar que ralasse as pedaleiras no asfalto.

Som na caixa
Outro atrativo da CVO Street Glide é seu sistema de áudio Boom! Box que gera 300 watts de potência, por meio de quatro alto-falantes dianteiros e dois traseiros, instalados nas malas laterais rígidas. Segundo a marca, trata-se do sistema de som mais potente entre as motos e proporciona excelente qualidade sonora. Conectado por Bluetooth e com Jimi Hendrix na playlist, seguia em direção a Bodega Bay, já na Highway 1, com o som de Purple Haze encobrindo o ronco do V2. Mas o sistema de entretenimento ainda conta com tela de cristal líquido de 6,5 polegadas com GPS e sistema de navegação.

Shineray terá fábrica no Brasil

Por Aldo Tizzani
da Agência Infomoto

Fabrica_Shineray
Planta é a primeira unidade fabril fora da China

A Shineray se prepara para inaugurar sua primeira unidade fabril fora da China. A planta será instalada no Cabo de Santo Agostinho (PE), no Complexo Industrial Portuário (Suape). O início da produção acontece na primeira quinzena de dezembro. Com 60 mil m² de área construída, a planta consumiu investimentos de R$ 130 milhões em infraestrutura. A capacidade de produção é de 250 mil unidades/ano, e serão montados 19 modelos de veículos.

Yamaha lança miniesportiva de 300cc

Por Aldo Tizzani
da Agência Infomoto

YAMAHA_R3_1A Yamaha apresentou a nova miniesportiva YZF-R3 para os mercados norte-americano e europeu, com o mesmo visual do modelo de 250cc lançado em maio para a Ásia, que traz elementos derivados da M1 da MotoGP. Alguns outros, como os faróis e o escape curto, são herdados da superesportiva média YZF-R6. O propulsor de dois cilindros paralelos foi aumentado para 321 cm³ e passou a gerar 42 cv de potência máxima a 10.750 rpm e torque máximo de 3,0 kgf.m a 9.000 giros. Pesa 169 kg e custa, nos Estados Unidos, US$ 4.990 (cerca de R$ 12.300).

Dia das Crianças no Trem das Onze MC

A forma encontrada pelos integrantes do Trem das Onze Motoclube, de Jacanã, SP, para comemorar o aniversário de fundação do grupo é original. Realizam juntamente com a comunidade local uma grande festa de Dia das Crianças, com brincadeiras, corte de cabelo gratuito, distribuição de brinquedos, cachorro quente, refrigerantes e bolo.

Capitão Caverna (centro) e os integrantes do Trem das Onze
Capitão Caverna (centro) e os integrantes do Trem das Onze

Com mais de 40 integrantes, o motoclube realiza a Festa de Dia das Crianças há mais de seis anos, sendo que esta foi a primeira edição do evento que ocorreu na rua, em frente à sede do Trem das Onze, na rua Dr. Carlos Bastos Aranha.

“É uma ação social que envolve a colaboração de comerciantes da região, e o apoio da subprefeitura, com o fechamento da rua para a realização da festa”, afirma Gercio (Capitão Caverna), presidente e fundador do Trem das Onze Motoclube.

No evento deste ano foram distribuídos 2.000 lanches, doces e brinquedos, e durante o dia inteiro houve brincadeiras e apresentações com palhaços, teatro infantil e capoeira, além da presença do Corpo de Bombeiros.

História
Fundado em 2005, o Trem das Onze Motoclube nasceu de forma inusitada em um bar de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, “desses que motociclistas se encontram”, segundo o presidente Capitão Caverna, quando foi questionado por um frequentador sobre qual motoclube pertencia. “Na ocasião estava eu e o Mário (Cabelo) e a resposta foi imediata: Jaçanã, Trem das Onze”, lembra.

O passo seguinte foi criar um brasão, o que não foi fácil, segundo Caverna. “A inspiração final ocorreu quando reparei na banca de jornal em frente à oficina, com uma figura majestosa de uma locomotiva. Só faltava por a ideia no papel o que ocorreu meses depois”, conta.

Com o nome e a ideia do brasão, Caverna passou a ‘recrutar’ os membros para o motoclube. Já havia o Cabelo e o Homenzinho, amigo de longa data. “Passamos a ideia para os amigos Nivaldo (Neguinha) e logo depois outros se juntaram ao projeto: Wladimir, Valéria, Heder, Chileno, Marcão, Jane”, lembra ao contar que no começo o grupo se reunia no Ibira Moto Point, às terças-feiras. “Era o local para fazer novos amigos”, recorda.

Pequenas street´s Cafe Racer e Scrambler

Por Marcel Mano
de São Paulo

O bicampeão mundial de customização e ex-piloto de F1, Tarso Marques, em parceria com Tony Marx, diretor da Chimpa acessórios automotivos, lançam a primeira moto de baixa cilindrada customizada do mercado. A nova Chimpa|TMC, com inspiração em estilos mundialmente consagrados, como o Cafe Racer e Scrambler.

Customizada de baixa cilindrada custa a partir de R$ 9.990
Customizada de baixa cilindrada custa a partir de R$ 9.990

A Chimpa|TMC chega com o objetivo básico de democratizar a cultura da customização. A ideia é oferecer um produto de qualidade superior, exclusivo e personalizado, diferenciais antes encontrados apenas no segmento de alta cilindrada. Desenvolvida com base em pesquisas realizadas junto ao mercado, a Chimpa|TMC é uma opção de design exclusivo, com custo acessível e, utilizando por base motocicletas novas, com cilindrada entre 125 e 150 cm³.

“Ao adquirir uma Chimpa|TMC, o consumidor compra mais do que uma motocicleta: incorpora um conceito, um verdadeiro estilo de vida”, disse Tarso Marques.

De acordo com Tony Marx, idealizador do projeto, “em breve, será possível comprar apenas a rabeta, o banco ou até uma pequena carenagem, itens que deverão ser comercializados nas grandes redes de lojas especializadas”, comentando sobre no ano de 2015 a comercialização de partes isoladas do kit, para que o cliente faça, aos poucos, a própria customização de sua motocicleta.

São três opções de estilos para o modelo customizado Cafe Racer, todas inspiradas em pinturas clássicas do esporte a motor. O lançamento oficial ocorreu dia 02 de outubro, no estúdio TMC, na Vila Olímpia, em São Paulo.

Já a venda ao preço público sugerido – refere-se a motocicletas zero quilômetro, ano 2014/modelo 2014; estilo Cafe Racer R$ 9.990 (125 cm³) e R$ 14.900 (150 cm³); estilo Scrambler (disponíveis apenas em modelos de 150 cm³), R$ 15.900, preços base estado de São Paulo, sem frete e seguro incluídos.

Os modelos customizados serão comercializados diretamente pela Chimpa|TMC e poderão também ser encontrados em lojas multimarcas, além das concessionárias Honda Japauto, presentes na maioria das regiões da Grande São Paulo.