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Luz no fim do túnel

Cena comum no trânsito, rodar com luzes de freio queimadas
Cena comum no trânsito, rodar com luzes de freio queimadas

O que se faz quando a lâmpada da sala, quarto ou cozinha queima? Troca-se certo? Imediatamente, ou pelo menos, na manhã seguinte, pois ninguém gosta de ficar no escuro. E quando uma lâmpada queima no carro?

Se for a do farol, pode ser que em uma semana o motorista se lembre de trocá-la, mas se for a do freio, quem sabe depois de um ano? A desculpa é sempre a mesma: não sabia que estava queimada, pois como fica na parte de trás do carro não consigo ver e não tenho como adivinhar…

Assim, eis uma dica: sempre que abastecer o carro no posto, peça ao frentista para ajudá-lo a conferir se todas as luzes da lanterna traseira acendem. Só tome cuidado com as de seta, pois se não for uma pessoa muito esperta, você terá como resposta o seguinte: “Está acendendo, agora apagou! Acendeu de novo, e já apagou. Voltou a funcionar, mas já parou de novo!”…

Brincadeiras à parte, a troca das lâmpadas não requer muita habilidade, principalmente nos veículos mais antigos. Nos mais novos, existem casos extremos, como o Fiat Doblò, que segundo o consultor automotivo Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, é extremamente complicado e trabalhoso. “Não é fácil por causa do difícil acesso à lanterna, que fica na coluna traseira”, afirma. Para se ter ideia do quão complicado é, na maioria dos modelos que a Fiat comercializa, o manual do proprietário ensina o passo a passo para a substituição de todas as lâmpadas do carro, porém no Doblò (e agora no novo Fiorino também), a recomendação é ir a uma concessionária da rede.

Dica
Torigoe recomenda o uso de produtos com qualidade reconhecida, de preferência da mesma marca que a montadora utiliza. “Existem produtos genéricos no mercado, importados da China que custam 10 vezes menos do que as de marcas famosas, mas é um tiro no pé, pois queimam com muita facilidade e não compensam a economia”, diz.

“Tenho um cliente que vinha toda semana com lâmpadas queimadas, e ele sempre comprava as mais baratas, até que um precisou trocar os conectores dos faróis pois o calor das lâmpadas derreteram o plástico”, conta Torigoe. “Nesse dia, joguei todas as lâmpadas chinesas dele fora e coloquei uma de marca. Até hoje funciona, e isso já faz mais de dois anos”, comenta.

Desde julho de 2013, os fabricantes e importadores de lâmpadas automotivas só podem produzir e comercializar produtos com o selo do Inmetro, e a partir de julho deste ano, as lojas de autopeças também só podem vender lâmpadas certificadas. Assim, fique atento na hora da compra.

Multa
Vale lembrar que rodar com as lâmpadas das lanternas traseiras, ré, freios, iluminação da placa traseira, piscas, faróis baixo e alto, é infração média com penalidade de multa e quatro pontos na habilitação, além, claro, de aumentar as chances de acidentes.

Não pare em fila dupla

Fevereiro é mês de volta às aulas e como sempre, o retorno do trânsito intenso. Estes são dois motivos a mais para não esquecer de fazer as revisões periódicas do veículo.

Ficar com o carro imobilizado no meio da rua por falta de manutenção é como parar em fila dupla na porta da escola: atrapalha todo mundo.

Assim, os consultores automotivos do Jornal Farol Alto preparam uma lista de pequenas intervenções que podem ser feitas pelo próprio dono do carro, em casa, para verificar se está tudo em ordem.

“Em caso de qualquer anomalia, procure uma oficina o mais rápido possível, pois um problema simples e pequeno pode se transformar em um grande transtorno, caso não seja reparado a tempo”, afirma Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, na Zona Leste de São Paulo.

“Além disso, as trocas de peças de desgaste natural feito com antecedência (manutenção preventiva) é muito mais barata do que a corretiva”, completa Júlio de Souza, da Souza Car, também da Zona Leste.

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Para download, nos sites

Manual do proprietário
A primeira dica pode parecer a mais óbvia, e por isso mesmo é a menos seguida: ler o manual do proprietário antes de fazer qualquer tipo de intervenção no veiculo.

“O manual contém as informações básicas e importantes, como periodicidade das revisões (em quilometragem ou tempo), especificação e quantidade de fluídos que devem ser utilizados (lubrificantes de motor e transmissão, fluído de freio, da direção hidráulica, líquido de arrefecimento etc.), pressão de pneus, entre outros”, afirma Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe.

 

Limpador de para-brisa
Em dias de verão, as tempestades são frequentes. É nessa hora que se lembra como fazem falta palhetas novas. “Os limpadores de para-brisas devem ser substituídos regularmente, pois a borracha se desgasta e resseca com o tempo, o que provoca perda de efetividade no funcionamento”, comenta Eduardo Topedo, da Ingelauto.

A Bosch, um dos fabricante de palhetas do mercado, informa ainda que insetos grudados no vidro também podem abreviar a vida desse item. O responsável pelo treinamento técnico comercial da Robert Bosch na América Latina, Vilmar Betarello, comenta que a gordura presente nos insetos, somada à trepidação gerada quando o limpador passa sobre eles abrevia a vida útil das palhetas.

Palhetas com ruído ou trepidação
Palhetas com ruído ou trepidação
Palhetas com formação de faixas e riscos
Palhetas com formação de faixas e riscos
Palhetas com falhas na limpeza
Palhetas com falhas na limpeza
Palhetas com formação de névoa
Palhetas com formação de névoa

 

 

 

 

 

 

 

 

Lâmpadas queimadas, não
Lâmpadas queimadas, não

Lâmpadas
Dirigir atrás de um veículo sem luz de freio é péssimo, não? A cada freada, um susto. Por isso é sempre importantes ficar atento ao bom funcionamento das lâmpadas dos faróis e lanternas, assim como da luz de sinalização da placa.

“Algumas lâmpadas são de difícil acesso e dependendo do caso é preciso desmontar grades e para-choque, assim é sempre recomendado consultar um profissional”, afirma Torigoe.

 

Entre o mínimo e o máximo
Entre o mínimo e o máximo

Nível de óleo do motor
Ao abastecer, no posto, o frentista gentilmente oferece: posso verificar o óleo? Logo que puxa a vareta de medição constata que o nível está abaixo do mínimo e já dispara: “Falta pelo menos um litro e seu motor pode fundir. Quer completar?” Quanta gentileza…
“Há dois erros nesta situação”, afirma Francisco Carlos de Oliveira, da Stilo Motores. “O primeiro é verificar o nível logo após desligar o motor, pois o óleo ainda está nas galerias do motor e demora algum tempo para escoar até o cárter, onde fica a ponta da vareta de medição. O ideal é medir antes de dar a primeira partida do dia, de preferência com o veículo posicionado em local plano”, explica.
“O segundo é misturar tipos e marcas de óleos diferentes, uma vez que nem sempre lembramos qual foi exatamente o lubrificante usado na última troca”, diz. “Cada marca tem aditivos diferentes que se misturados podem danificar o motor”.

O TWI indica a hora da troca
O TWI indica a hora da troca

Pneus
Rodar com pneu careca é infração de trânsito, um risco a segurança do condutor e demais motoristas e pedestres. Mas, muito antes de o pneu ficar careca, é preciso trocá-lo por um novo.
“Todos os pneus têm uma marca chamada TWI, que indica o nível de desgaste máximo”, diz Julio Souza, da Souza Car. “Quando a borracha atinge o TWI, significa que chegou a hora de trocar o pneu”, comenta ele ao explicar que é importante também estar com os pneus sempre calibrados.
“Quando descalibrados, consomem mais combustível, além de prejudicar a dirigibilidade. Mas lembre-se: os pneus devem ser calibrados frios, pois o ar se expande com o aumento da temperatura, o que provoca diferença de leitura”, diz. “É importante também calibrar o estepe, pois nunca se sabe quando será preciso usá-lo”, recomenda.

 

Para que serve o sensor de oxigênio?

Sensor analisa níveis de oxigênio
Sensor analisa níveis de oxigênio

Desde que o carburador foi aposentado, há mais de 20 anos, o sistema de injeção e ignição de combustível é controlado eletronicamente, a partir de uma série de sensores e atuadores elétricos.

Um destes sensores é a sonda lambda, ou sensor de oxigênio, que fica instalado no coletor de escape e analisa os níveis de oxigênio nos gases de escape do motor e informa a qualidade da mistura ar/combustível à unidade de controle do veículo (ECU).

Nos veículos mais novos (fabricados a partir de 2011), a instalação de uma segunda sonda tornou-se obrigatória em veículos leves, pós-catalisador, para avaliar a eficiência do componente.

A sonda lambda tem vida útil de aproximadamente 80.000 km. A fabricante NGK recomenda uma avaliação anual do sensor de oxigênio, ou a cada 30.000 km.

“O consumidor também deve ficar atento aos combustíveis de má qualidade, que podem influenciar no bom funcionamento da peça, bem como de outros componentes do veículo”, afirma Hiromori Mori, técnico da Assistência Técnica da NGK.

Autopeças: preço com qualidade

Uma das principais dificuldades na hora de fazer a manutenção do carro é comprar as peças que devem ser substituídas. Uma dica é deixar esta tarefa para o profissional que vai fazer o serviço, uma vez que ele é especialista no assunto e dificilmente arriscaria instalar um componente de má qualidade, pois no final das contas o retrabalho e prejuízo será dele.

No endereço www.canaldapeca.com.br é possível consultar e comprar autopeças em todo Brasil
No endereço http://www.canaldapeca.com.br é possível consultar e comprar autopeças em todo Brasil

Mas, para quem gosta de correr atrás para ter certeza do produto que será utilizado no veículo, uma dica é o site Canal da Peça (www.canaldapeca.com.br), um novo sistema de comércio eletrônico de venda de autopeças que está inovando a forma com é feita a compra de componentes automotivos.

O Canal da Peça é uma plataforma digital que agrega as informações de estoques de tradicionais lojistas e distribuidores de autopeças, assessórios automotivos e pneus, disponibilizando, pela internet, suas ofertas para compradores de todo o país. “Já temos 600 mil peças de 40 varejistas disponíveis para a venda”, comenta o diretor da empresa, André Mascarenhas.

O site é muito simples de navegar. Basta inserir a marca, modelo, ano e versão e pronto. Todos os itens cadastrados para o veículo solicitado aparecem em categorias: acessórios, autopeças, ferramentas & equipamentos, óleos & baterias, e tuning.

Se preferir, é possível consultar pelas marcas dos produtos ou ainda pelo nome da loja.

O mais bacana do site é a possibilidade de comparar os preços de diversas marcas em várias lojas antes de fechar negócio, e assim ter certeza de que está fazendo a melhor compra.

Ao fazer a consulta, é possível receber informação sobre o custo do frete e o prazo de entrega, assim como opções de parcelamento em até 12 meses, nos cartões de crédito.

Oficinas
Ao dono do carro, o Canal da Peça traz benefícios de encontrar o melhor preço em diversas lojas sem precisar sair de casa.

Para as oficinas, que compram peças diariamente, o Canal da Peça oferece uma série de vantagens e benefícios, além da oportunidade de saber se está fazendo negócio no melhor lugar.

O destaque é o Clube do Canal da Peça, pelo qual o reparador associado tem descontos especiais, limite de compras e espaço para a divulgação de seu trabalho na internet. “Ao aderir à iniciativa, o mecânico passa a utilizar o Canal da Peça como uma plataforma de relacionamento personalizado com varejistas, distribuidores e fabricantes, ganhando uma vantagem competitiva considerável em relação a seus concorrentes. Além de estar aberto a ofertas customizadas de acordo com seu nível de demanda e condicionadas ao seu perfil de bom pagador, o associado conta com um canal de comunicação direta com a indústria de autopeças, que irá disponibilizar cursos, treinamentos e informações sobre lançamentos especialmente ao Clube”, comenta Mascarenhas.

Para saber mais, entre em contato por meio do e-mail paulo@canaldapeca.com.br.

Suspensão – Buracos à vista

suspensão explodidaaMuitos brasileiros já sonharam em ter uma fábrica de amortecedores e molas, pois da forma como as ruas e avenidas das cidades são esburacadas esta é uma atividade muito rentável.

Já houve casos em que os buracos passaram de vilão a mocinhos, pois são extremamente eficazes na redução da velocidade, e isso chegou a ajudar evitar atropelamentos.

Porém, não é possível se enganar. Buracos são extremamente prejudiciais à saúde, tanto das pessoas quanto dos automóveis. “O impacto dos amortecedores é bem maior em ruas irregulares, acarretando desgaste prematuro nos componentes de suspensão do veículo”, afirma Jair Silva, supervisor de serviços da Nakata.

A dica do especialista para prolongar a vida útil dos amortecedores é manter o alinhamento e balanceamento em dia. “A forma como o condutor dirige também interfere no desgaste das peças”, diz.

O amortecedor não é, no entanto, a única peça do sistema de suspensão que sofre desgaste. Diretamente ligados a ele estão os componentes de borracha: coifas de proteção da haste, os batentes, que ajudam as molas a absorver impactos, e os coxins nas extremidades das peças metálicas, que servem para amortecer o impacto entre os componentes e evitar ruídos metálicos.

Já entre os componentes metálicos, destaque para molas, bandejas, junta homocinética e terminais de direção e tirante da barra estabilizadora (mais conhecida como bieleta).

Com exceção das molas, são peças que podem amassar com o impacto de um buraco, e isso afeta toda geometria da suspensão, o que pode causar danos aos pneus.

Sinais
Segundo Silva, os motoristas devem ficar atentos aos sinais que indicam o momento da troca de amortecedores, entre eles, aumento de distância da frenagem, desgaste de pneus, sensação de oscilação da carroceria, vazamento de fluido, balanço excessivo nas arrancadas, tendência de aquaplanagem em solo alagado e do veículo sair para o lado de fora nas curvas, ou seja, perda de aderência.

Testes realizados pela Monroe indicam que o amortecedor desgastado ou recondicionado aumenta em mais de 2,5 metros o espaço necessário para frear, caso esteja rodando a uma velocidade de 80 km/h.

Outro ponto crítico é o excesso de trepidações, que torna a viagem desconfortável. O amortecedor com apenas 50% de eficiência também pode aumentar em 26% o cansaço do motorista, elevando consideravelmente o perigo.

Manutenção
Assim, os fabricantes recomendam realizar a revisão dos amortecedores no máximo a cada 10.000 quilômetros após o veículo rodar 40.000 km ou quando houver algum sintoma que possa indicar desgaste (pneu desgastado de forma irregular, barulho, perda de estabilidade em curvas).

Caso haja necessidade de troca de amortecedores é aconselhável substituir coxins e batentes e optar por peças novas para assegurar não só as características do veículo, mas também a segurança e a eficiência.

“É importante salientar que o período pode variar de acordo com as condições de uso do automóvel. Veículos que trafegam em estradas bem pavimentadas tendem a apresentar menor desgaste do que os que circulam por pistas irregulares. Ou seja, a vida útil dos amortecedores está diretamente ligada às condições de uso do carro”, afirma Juliano Caretta, coordenador de Treinamento Técnico da Monroe.

Junta homocinética
Projetada para transmitir de forma constante o torque do motor às rodas a junta homocinética requer alguns cuidados para que seja garantida a vida útil. “O excesso de torque e trancos na arrancada podem provocar maior desgaste na peça”, afirma Jair Silva, da Nakata.

Segundo ele, veículo com problema de alinhamento e que esterce acima do máximo recomendado pode até provocar a quebra da junta homocinética. Excesso de c arga e trancos também podem danificar a peça.

“É preciso ficar atento nas curvas. Ruídos e estalos ao esterçar o veículo podem ser sinais de que está na hora de fazer a manutenção na junta homocinética”, ressalta, acrescentando que graxa no piso também pode indicar problemas na peça. Já se o barulho for originado ao acelerar o carro em linha reta pode ser defeito na junta deslizante do lado do câmbio.

A coifa, que é a manga de borracha que protege a junta homocinética da contaminação de resíduos como poeira, chuva e lama, também pode rasgar. “Uma vez cortada, há penetração de abrasivos para o interior da coifa e perda de graxa, o que ocasiona desgaste e marcas profundas que provocarão ruídos”, adverte.

A recomendação é fazer uma avaliação entre 5 e 10 mil km, especialmente, da coifa. A durabilidade da junta homocinética pode ser extensa dependendo das condições de uso do veículo. Em caso de quebra de qualquer uma das juntas, o veículo não traciona e para de funcionar.

Silva lembra também que caso ocorra a troca da junta homocinética é necessário realizar o alinhamento do veiculo.

Antes de pegar a estrada…

Existem diversos itens de segurança que podem ser checados em casa. Um dos principais é o sistema de iluminação e sinalização: lâmpadas de lanternas dianteira e traseira, faróis (baixo e alto), pisca-pisca, luz de freio e de marcha-a-ré. Não esqueça de verificar as luzes da placa traseira e, se for o caso, do break light e dos faróis e lanternas de neblina.

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Lâmpadas são relativamente baratas em relação ao valor da multa ou ainda de uma colisão traseira, causada pela falta de luz de freio. Pense nisso.

Outro item que o dono do carro pode avaliar em casa são os pneus. A maioria dos pneus possuem um indicador de desgaste de banda de rodagem (TWI). São pequenos ressaltos de borracha localizadas nos sulcos do pneu. Quando a banda de rodagem atinge essas saliências, significa que está na hora de trocá-lo.

Caso o pneu não tenha TWI, pode-se checá-lo medindo a profundidade do sulco, que deve ser superior a 1,6 mm. Abaixo dessa medida, está em situação irregular e deve ser trocado, pois compromete a segurança do veículo.

É importante também manter sempre os pneus calibrados de acordo com a quantidade de pessoas e peso levado. Para isso, consulte o manual do proprietário, pois cada modelo utiliza uma calibragem diferente. Lembre-se de calibrá-los ainda frios. O melhor momento logo depois de tirar o carro da garagem. Ao rodar, os pneus esquentam e o ar dentro dele se expande, e isso provoca erros na medição da pressão.

O estepe também deve ser examinado e substituído caso o pneu tenha mais de 5 anos de fabricação, mesmo que esteja novo. Isso porque o prazo de validade da borracha é de 5 anos, e após este período começa a se degradar. Em caso de emergência, em que há necessidade do uso do estepe, pode ocorrer de o pneu não suportar os esforços ao qual será submetido.

Os fluidos merecem atenção. Antes de ligar o carro, verifique o nível do óleo lubrificante do motor, de preferência em um local plano, assim como o nível de líquido de arrefecimento e fluido de freio. Se qualquer um deles estiver abaixo dos limites mínimos, vá a uma oficina, e peça uma revisão, pois pode ser que haja algum tipo de vazamento .

Veja na imagem outras dicas do que deve ser checado antes de cair na estrada.

Cabeça e motor na temperatura certa

serviçosOs sistemas de controle de temperatura dos motores a combustão interna estão cada vez mais sofisticados, por conta da crescente necessidade de reduzir emissões, principalmente na fase fria, quando a partida é dada pela primeira vez no dia ou após um longo período desligado.

Isso significa que quanto mais rápido o motor atingir a temperatura ideal de funcionamento, e quanto mais estável, melhor. Assim, novos componentes são agregados, para permitir um controle e gerenciamento mais apurado.

O sistema de arrefecimento básico é composto por radiador, bomba d’água, mangueiras, válvula termostática, sensores de temperatura e vaso expansor, que devem sempre funcionar corretamente para não danificar o motor. “O sistema de arrefecimento faz a troca de calor do motor com o meio ambiente, mantendo, assim, a temperatura ideal para que trabalhe com menos atrito e desgaste interno”, afirma Jair Silva, supervisor de serviços da Nakata. Segundo Silva, é necessário ter atenção e fazer revisões periódicas, verificando todas as peças que integram o sistema de arrefecimento. “Geralmente, o superaquecimento do motor acontece devido à falta de manutenção preventiva”, ressalta.

Silva revela que várias causas levam ao superaquecimento do motor, entre elas, problemas no radiador, mangueira furada, selo de lobo e cabeçote furados, válvula termostática travada e tampa do vaso expansor danificada. “Quando o defeito é na bomba d’água podem provocar vazamentos do líquido de arrefecimento por meio do selo”, explica.

Para que não ocorra superaquecimento e o motor parar de funcionar, a recomendação é efetuar limpeza do sistema de arrefecimento, colocar aditivo na proporção adequada, evitando usar somente água. “Essa prática deve ser feita pelo menos uma vez a cada dois anos”, finaliza o supervisor de serviços.

A economia que faz o filtro

Enquanto o Bravo branco com peças com vida útil vencidas fez média de 12,2 Km/l
Enquanto o Bravo branco com peças com vida útil vencidas fez média de 12,2 Km/l

Já experimentou rodar com filtros de ar, combustível e óleo do motor em fim de vida útil? Sim, estes componentes têm vida útil e devem ser trocados com frequência. O período depende de cada carro, cada situação. Se for um veículo de uso severo, a troca deve ser feita antes, mas normalmente, com 10.000 km já está bom.

Para muitos, isso representa uma troca por ano, em média. Para outros, que utilizam o automóvel mais intensamente, duas ou três vezes por ano. E digo: é um excelente negócio, pois podem render até 10% do consumo médio.

Conduzir um carro que não passa por manutenção periódica é sinônimo de jogar dinheiro fora. Isso, muitos sabem. O que não sabem é responder a pergunta: o quanto de dinheiro é jogado fora? A Fiat proporcionou um teste prático, com dois modelos Bravo 1.8l e.TorQ, sendo um deles novo, recém-saído de fábrica, e outro idêntico porém com componentes em fim de vida útil – velas de ignição com mais de 30.000 km rodados, e filtro de ar, falta de alinhamento e balanceamento, e pneus com pressão abaixo do indicado (22 libras).

O resultado foi simples. No carro com manutenção em dia, a média de consumo foi de 16,1 Km/l, enquanto no outro carro, de apenas 12, 2 Km/l, uma diferença de quase 25% no consumo. Ou seja, 1 tanque a mais a cada 4. Isso só em combustível.

O Bravo vermelho com a manutenção em dia fez 16, 1 Km/l, no exercício
O Bravo vermelho com a manutenção em dia fez 16, 1 Km/l, no exercício

Assim, é preciso ficar atento à manutenção preventiva do veículo, pois a substituição de itens simples como filtros de ar pode ajudar no desempenho do veículo no dia a dia. “Além de o carro andar mais e melhor, vai gastar menos combustível e emitir menos gases poluentes”, afirma o consultor do Jornal Farol Alto, Júlio de Sousa, proprietário da Souza Car.

 

Óleo

Uma das recomendações dos consultores do Jornal Farol Alto é a substituição do filtro de óleo sempre que for feita a troca do óleo. “Trocar o óleo e deixar o mesmo filtro é uma economia que não vale a pena, pois o filtro também perde eficiência com o tempo”, afirma o consultor Eric Faria, da 3E Motors.

 

Ar-condicionado

Outro item de manutenção preventiva que muitos donos de carro esquecem de verificar é o filtro do ar-ondicionado. “O filtro deve ser trocado pelo menos uma vez por ano, e o sistema higienizado”, afirma o consultor Eduardo Topedo, da Ingelauto.

Topedo conta que atualmente existem técnicas muito eficientes de higienização veicular, por ozônio, que remove ácaros, bactérias e mal cheiro. “É um processo simples e rápido”, diz.

Freios: dicas de manutenção

Esquema de sistema de freios com unidade hidráulica antibloqueante (ABS)
Esquema de sistema de freios com unidade hidráulica antibloqueante (ABS)

Tal como prometido no mês passado, a partir desta edição publicaremos uma série de reportagens sobre dicas de manutenção dos principais sistemas automotivos. O primeiro é o sistema de freios, que a cada dia fica mais sofisticado.

Todo veículo tem dois freios que trabalham de forma independente, porém interconectados: o principal e de estacionamento.

Os principais componentes são: pedal, cilindro mestre, tubulação, fluído, discos, tambor, pastilhas, sapatas com lonas, alavanca e cabos do freio de mão.

Os veículos mais populares apresentam, nas rodas traseiras, sistema a tambor com sapatas, que são menos eficientes porém suficientes na maioria dos casos.

O freio principal da maioria dos automóveis de passeio é hidráulico, e isso significa que trabalha em um sistema fechado com fluído sob pressão, que atua nas quatro rodas. Já o freio de mão é, geralmente, mecânico, acionado por alavanca e cabos, e serve apenas as rodas traseiras.

Os principais itens de desgaste são pastilhas e lonas, que devem ser verificadas a cada revisão (10.000 km a 15.000 km), e substituídas preventivamente.

No caso dos freios dianteiros, que normalmente são a disco, os consultores do Jornal Farol Alto recomendam a troca sempre que substituir as pastilhas. “Freio quando tem de ser feito é melhor fazer completo”, afirma Sergio Torigoe, da AutoElétrica Torigoe.

Um item que muitos se esquecem é o fluido, que deve ser renovado a cada dois anos. “O fluido absorve umidade e perde as propriedades hidráulicas, e quando isso acontece, o freio não funciona”, afirma Eric Faria, da 3E Motors.

Dicas

A longevidade das pastilhas de freios depende muito da forma como o veículo é conduzido. O consultor Francisco Carlos, da Stilo Motores, explica que quanto mais suave é a forma de conduzir o veículo, mais econômico ele se torna. “Quem costuma acelerar muito e frear de forma repentina constantemente gasta mais combustível, freios e pneus”, explica.

O consultor Júlio de Souza, da Souza Car, diz também que muitos donos de carro cometem o erro de completar o nível de fluido no reservatório. “Esta é uma prática comum nos postos de combustível, em que o frentista pede para verificar água, óleo etc., e acaba vendo que o fluido de freio está abaixo do nível máximo, e oferece para completar”, afirma ao explicar que não se deve completar o nível do fluido, pois há o risco de misturar tipos diferentes de fluidos (DOT 3, DOT 4 e DOT 5), o que resulta no comprometimento do funcionamento correto do freio. “Como o sistema é fechado, conforme as pastilhas vão se desgastando, o nível do fluido abaixa para compensar o desgaste. Quando se coloca pastilhas novas, o nível volta ao normal”, diz Souza.

Prevenção contra gastos

O consultor do Jornal Farol Alto, Sergio Torigoe, e o diretor da Mister Car, Cláudio Guimarães
O consultor do Jornal Farol Alto, Sergio Torigoe, e o diretor da Mister Car, Cláudio Guimarães

O consultor automotivo do Jornal Farol Alto Sergio Torigoe, proprietário da AutoElétrico Torigoe, ministrou palestra sobre a importância da manutenção preventiva para um grupo de gestores de frotas, clientes da Mister Car, locadora de veículo.

O encontro ocorreu nas dependências da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, e contou com visita à fábrica onde são produzidos Gol, Saveiro, Polo e Kombi.

Na apresentação, Torigoe enfatizou as vantagens da manutenção preventiva sobre a corretiva, que além de possibilitar programar a parada do veículo, custa mais barato e permite, ainda, economizar combustível.

“Um carro com filtros muito sujos tende a gastar mais combustível, pois força mais o motor”, disse ao comentar ainda a importância de manter os pneus sempre calibrados. “A calibragem correta é fundamental para a segurança”.

A partir da próxima edição, o Jornal Farol Alto inicia uma série de reportagens comparativas sobre os benefícios da manutenção preventiva, para cada sistema automotivo: iluminação e sinalização, freios, exaustão, suspensão, rodas e pneus, transmissão, filtros, motor, direção, vidros, segurança e climatização.